quarta-feira, 14 de março de 2012

IMPRUDÊNCIA


14/03/2012 08h23 - Atualizado em 14/03/2012 11h54
Família de garota morta vai pedir interdição de parque aquático
A menina brincava na piscina quando foi sugada pelo ralo e morreu.
Por G1/SE

A família da menina de 11 anos que morreu em um parque aquático do município de Salgado, em Sergipe, vai pedir a interdição imediata do estabelecimento até que seja feita a regularização das pendências que comprometem a segurança dos banhistas. Eles esperam que ninguém passe pela dor de perder uma filha por causa de negligência.


De acordo com Antônio Nazário da Silva Filho, advogado que representa os familiares da menina, o estabelecimento não tem Alvará de Funcionamento e apresenta várias irregularidades na estrutura, inclusive a ausência de grades de proteção nas tubulações de escoamento de água, local por onde a menina foi sugada mais de 12 metros, ficou presa e morreu no dia 14 de janeiro deste ano.

Foto meramente ilustritiva

No inquérito que apurou o acidente, o delegado Clever Farias indiciou o proprietário e dois funcionários do parque por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. Mas a defesa da família da vítima entende que houve dolo eventual, ou seja, quando se assume os riscos de determinada ação que pode resultar em morte.

Série de erros

“Se uma pessoa coloca uma saída de água em uma piscina que é frequentemente utilizada por crianças, abre essa saída e sabe que na tubulação pode passar uma criança, ela não está com intenção de matar, mas por certo está assumindo o risco de que uma morte possa ocorrer”, explica o advogado da família, Gilberto Vieira Leite Neto.

Cinco pessoas estavam na piscina quando começou esvaziamento. Segundo ele, ninguém foi obrigado a sair, nenhum aviso sonoro para deixar o local foi emitido e ao redor do parque não havia sinalização que indicasse a sistemática de permuta diária de água.

No entendimento de Gilberto Vieira, o crime só seria culposo se o acidente acontecesse por desgaste do material da tampa ou se de alguma forma ela quebrasse. “Sendo assim, a imprudência seria a causa devido à falta de vistorias de segurança que deveriam ser realizadas periodicamente”.

A defesa da família vai solicitar ainda a investigação em relação ao cumprimento da resolução das pendências encontradas, inclusive a necessidade da presença constante de guarda-vidas. O parque tem cerca de cinco piscinas e lagos artificiais.

O representante do parque aquático, Edson Souza, disse à equipe de reportagem do G1 SE que vai aguardar a conclusão do relatório elaborado pelo delegado do município para se pronunciar oficialmente.

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