21/02/2012 17h42 - Atualizado em 21/02/2012 21h48
Torre de palco no qual cantor sertanejo morreu
estava energizada, apontou perícia
Enio Knak Júnior recebeu uma descarga elétrica
durante show, em Santo Ângelo/RS.
Por Correio do Povo
Uma das torres do palco no qual o cantor sertanejo Enio Knak Júnior,
28 anos, morreu durante um show, em Santo Ângelo, no domingo,
estava energizada, conforme análise da perícia feita nesta terça-feira
no local. O perito do Instituto Geral de Pericias, engenheiro eletricista
Flávio Kurkowski, que vistoriou os equipamentos de som e toda a
montagem do palco do Clube Gaúcho, comprovou uma carga elétrica
de 219 voltz em uma das torres. “O local onde a vitima caiu possui
todas as condições de provocar o óbito”, afirmou o perito.
O trabalho de perícia foi acompanhado pelo delegado de polícia
Rogério Junges, que instaurou inquérito, e pela diretoria do Clube
Gaúcho, que estava acompanhada por dois advogados e mais um
engenheiro eletrecista. O perito encostou fios elétricos na estrutura
metálica e também na quina de uma escada de metal que leva ao
mezanino do clube, o que provocou o acendimento de uma lâmpada
de 60 watts.
“O músico se abaixou para apanhar algum instrumento e quando
segurou com uma das mãos na torre metálica acabou encostando as
costas na quina da escada, que possuía ponto zero de energia e
serviu como terra, sendo então fatal para provocar sua eletropressão”,
disse Kurkowski. Isso justifica o fato do corpo de Enio Knak Júnior
apresentar um risco horizontal nas suas costas, única marca
provocada pela queda e pelo choque. O perito também concluiu que a
montagem dos equipamentos de som estariam fora das normas de
segurança, ou seja, com problemas nas conexões elétricas e nos
holofotes.
Flávio Kurkowski prometeu encaminhar a polícia civil de Santo Ângelo
o laudo conclusivo da pericia em até 10 dias. delegado de polícia
Rogério Junges liberou todas as instalações do salão de festas e do
palco do Clube Gaúcho para a limpeza e retirada dos equipamentos
de som. “A partir da comprovação do local onde o músico estava e as
condições de sua morte, iremos montar com o testemunho dos
envolvidos as condições como isso aconteceu”, afirmou o delegado.
Junges disse que serão ouvidos os músicos participantes da banda e
a diretoria do Clube Gaúcho.
Fonte: Paulo Renato Ziembowicz / Correio do Povo
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