quarta-feira, 18 de abril de 2012

GREVE NA SAÚDE

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Sindicato Estadual dos Enfermeiros de Sergipe (SEESE) retoma greve da categoria em Lagarto
Manifestação pacífica na manhã desta terça-feira (17), em frente ao prédio da Prefeitura Municipal de Lagarto.

Por i9lagarto

O Sindicato Estadual dos Enfermeiros de Sergipe, o SEESE, decidiu em assembleia ontem, segunda-feira - 16/04, reativar o movimento grevista no município de Lagarto com manifestação pacífica na manhã desta terça-feira (17), em frente ao prédio da Prefeitura Municipal de Lagarto.

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O ato do dia contou com a tentativa de conscientização da população através do trabalho de panfletagem e de diálogos informais, além de um anúncio informativo que será veiculado em carro-de-som pelas ruas da cidade.

A deflagração da greve no município ocorreu oficialmente no último dia 29/03, tendo sido suspensa até o dia 10 (dez) deste mês, data essa acordada entre o sindicado e a prefeitura para a realização de uma reunião em que o prefeito ouviria as reivindicações dos enfermeiros. No entanto, conforme informou-nos Diana Oliveira de Luna, vice-presidente do SEESE, a reunião só ocorreu dia 12 (doze) e, ainda segundo o ela, em nada adiantou. Não ouve proveito algum, nenhuma solicitação foi atendida.

"Desde setembro de 2010 (dois mil e dez) que tentamos conversar com a gestão, mas ela nunca nos atendeu. Foi preciso uma greve para nos ouvirem, e mesmo assim em nada adiantou. Parece que foi uma reunião marcada somente com interesse de suspender a greve", declarou Diana.

Dentre as reivindicações em pauta encontram-se as melhorias de condições de trabalho nas unidades de saúde municipais, incorporação de gratificações e recomposição salarial dos últimos 12 (doze) meses.

Diana informa ainda que há unidades de saúde em Lagarto que se encontram sem a mínima condição estrutural de funcionamento possível: faltam constantemente luvas, lâminas de borda fosca, gases, espéculos, espátulas de Ayres, medicamentos do programa HIPERDIA para diabéticos; além de algumas unidades não disporem sequer de água potável para consumo.

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O SEESE denuncia também que em unidades como as dos povoados Cidade Nova, Pururuca, Brejo, Quilombo, Itaperinha, Curralinho, e Tanque, as instalações são bastante precárias, e algumas delas são improvisadas em garagens com divisórias de cortinas, tirando assim qualquer possibilidade de privacidade entre aqueles que estão no atendimento e os pacientes que se encontram na sala de espera.

Sobre a melhoria salarial, o Sindicato garante que há 10 (dez) anos que os enfermeiros de Lagarto possuem defasagem em seus salários, e que desde setembro de 2010 (dois mil e dez) que tenta negociar com a gestão municipal, mas nunca foram ao menos ouvidos.

"O salário-base do enfermeiro de Lagarto é o menor da microrregião, e um dos menores do estado! Itaporanga paga cerca de 3.000 (três mil) reais a seus enfermeiros; Salgado, aqui vizinho, paga 4.043 (quatro mil e quarenta e três); Boquim paga 5.500 (cinco mil e quinhentos); enquanto Lagarto só paga 1.468 (mil quatrocentos e sessenta e oito)!", argumenta Diana.

Ainda que com a permanência da greve, Diana informa à população que 30% dos profissionais continuarão com suas atividades em curso normal para não desassistir por completo à sociedade em suas necessidades de saúde, conforme prevê a Constituição Federal.

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